Descanso também é treino

12Correr é uma delícia? É sim!

Correr vicia? Sabemos que sim.

Superar seus próprios limites a cada treino e prova é sensacional? É, mas como tudo nessa vida, tudo o que é demais faz mal. Para tudo é sempre necessário ter um equilíbrio e na corrida não seria diferente, se deixar obcecar poderá te levar para um caminho não tão agradável como no início e digo por experiência e me coloco como exemplo veja no meu post “Corra com amor, com consciência e prudência”. https://correrevencer.wordpress.com/2015/02/25/corra-com-amor-com-consciencia-e-prudencia/

Quem aqui já ouviu falar em descanso também é treino? E é! Principalmente para os atletas amadores que na maioria dos casos, possuem uma rotina bem agitada e sufocante entre trabalho, vida pessoal e corrida, ou seja, é você se desdobrando em vários para se dedicar a várias responsabilidades e compromissos, somando a corrida que serve como terapia para muita gente, se você não dedica nem que seja de um leve descanso/pausa para o seu corpo, ele fica sem tempo de se recuperar de tanta carga.

Quando fazemos inúmeras provas de rua, exigimos muito de nosso corpo, e o desgaste é maior. Nos treinos também, mas não de maneira tão agressiva quanto em circuitos, principalmente para quem se dedica na conquista de RPs, nas provas, geralmente é tudo ou nada, então você se dedicará muito mais do que em um treino.

Se você corre continuamente sem parar todos os dias (reforçando novamente para os atletas amadores que não vivem só de corrida), sem respeitar o descanso que o seu corpo necessita, você poderá infelizmente sofrer problemas no futuro. Lesões ou outros problemas de saúde.

Acredite, por mais delicioso que seja a prática da corrida, a endorfina, o vento na cara, as conquistas em várias provas, se você tirar um dia para descansar dentro de sua planilha de treino não será o fim do mundo, não comprometerá o seu avanço nem os seus treinos.

Outra dica importante é na hora de se dedicar em tantos treinos, foque na qualidade de cada um deles  e não na quantidade.

Portanto, saiba respeitar alguns limites que o seu corpo necessita e muitas vezes lhe pede de maneira silenciosa. Dê a ele um pequeno descanso para que ele possa se recuperar dos estresse de treinamentos e provas, e tenha certeza que após uma breve pausa, você voltará ainda mais forte!

Patricia Gil

Gente como a gente – Samantha Panzini

A Samantha Panzini do blog http://juntosnacorrida.wix.com/home e Instagram @juntosnacorrida veio nos contar como foi a sua experiência na corrida Vênus SP, que aconteceu na semana passada. Corrida feminina que acontece todos os anos e reune milhares de mulheres. Vamos ler o relato da Samantha, e saber como foi essa experiência;)

“Domingo passado participei da minha primeira prova totalmente feminina, a Vênus SP. A princípio, foi um pouco estranho porque em todas as outras (quatro) provas eu participei com o André (afinal, somos o “Juntos Na Corrida“, né?? rsrs), ou seja, retirávamos o kit juntos, curtíamos o kit juntos, e a noite deixávamos tudo preparado. Tirávamos a foto básica dos itens da corrida juntos e, dessa vez, era só o meu kit e minha preparação…rsrs…mas durante todo o tempo, na retirada do kit, no day care e na corrida ele estava sempre ao meu lado, me dando o apoio de sempre! Amoooo!

Mas vamos falar da prova…rs…fomos retirar o kit no sábado, durante o Day Care realizado no Jockey Club de São Paulo, e foi uma grata surpresa! Eu sabia que teriam vários mimos para as participantes, mas achei que seriam filas intermináveis e que acabaria não aproveitando nada (não tenho muita paciência para ficar em filas!!), mas que nada!! Foi super rápido para retirar o kit e logo comecei a aproveitar (quase) tudo! Fiz massagem, passei umas três vezes pela crioterapia (no calor dos infernos que estava no dia aquelas mantas geladinhas eram o paraíso!!), fiz a tatuagem de mentirinha, bioimpedância, acupuntura auricular e, como nenhuma mulher resiste, ainda fiz umas comprinhas de umas meias muito legais da Star Socks. Nem sei quantas horas ficamos lá, o André teve uma paciência de Jó coitado…

Chegou o domingo, dia da corrida, mulher pra todo lado, acho que nunca vi tanta mulher junta! Até procurei as meninas que “conheço” do Instagram mas infelizmente não encontrei ninguém…snif… Como não tenho nenhuma amiga corredora fui correr sozinha e antes da largada o André foi me acompanhando pelo lado de fora fazendo a vez de fotógrafo particular e até fez um vídeo muito legal da minha largada. Apesar de ser cedo o sol já estava castigando e era, também, a primeira vez que correria no calor. Não foi fácil, do deserto só faltou mesmo a areia, a garganta secava, o suor escorria e as pernas pareciam mais pesadas. A quantidade de inscrições foi bem grande e ficava um pouco difícil de acelerar na corrida e, apesar do percurso ser praticamente plano, meu tempo não foi grandes coisas…e olha que corri só os 5k! Admiro e parabenizo as guerreiras que fizeram os 10k e 15k !!

Valeu a experiência! Achei que o diferencial mesmo foi o Day Care, que nas corridas mistas normalmente não tem e, claro, o kit que tinha a opção com saínha. Acho que para quem tem uma turminha de amigas que corre deve ser mais divertida uma corrida feminina. Já estou querendo muito participar da WRun ano que vem, mas por enquanto é mais pelo kit mesmo porque fiquei apaixonada…hehehe…e aí? Alguém me acompanha??
samantha
Patricia Gil

Aplicativos de corrida – parte 2

E hoje vamos a segunda parte do post “Aplicativos de corrida” (parte 1 veja aqui), escrito pela Camila Paizan Antoniol.

Como bem falado anteriormente pela Patita, a procura por corrida como forma de atividade física tem aumentado cada vez mais e com ela aumenta a visão e a necessidade tecnológica para nos ajudar nesta atividade.

Além do uso de frequencímetro, é comum o uso de aplicativos de celulares que nos ajudam mostrando principalmente o GPS (isto é, o caminho e o tanto de distância percorrida), mostra-se o tempo total e por quilometragem (ou pace), treino, o tanto de calorias que está perdendo e ainda outras infinidades de atributos que também poderão mudar de acordo com o aplicativo escolhido.

Existem situações em que se deve ter atenção e eu vou listá-los;

  • No GPS é importante saber que muitos quando a pessoa está em uma área muito coberta (de baixo de alguma marquise ou túnel) o sinal pode ficar fraco, podendo não passar 100% de verdade.
  • Tanto de calorias gastadas na atividade física; isso é muito relativo, pois cada pessoa reage de jeitos diferentes a cada estímulos e então não se deve acreditar piamente.
  • No caso dos aplicativos em que te fornecem o treino, é sempre necessário que se informe com um educador físico sobre o melhor tipo de treino, para não correr o risco de desenvolver lesões.

Eu pessoalmente utilizo o Runtastic em que é muito bom tem como vincular com o tocador de músicas e tem como você colocar a sua planilha de treino a única parte chata deste aplicativo é que muitos itens são pagos e acaba não sendo tão vantajoso.

runtastic

 

Além desse aplicativo ainda existe dois em especial que são os mais usados no meio da corrida:

  • Nike Running: Em que além dessas ferramentas já citadas, permite que o usuário faça competições com amigos ou com outros usuários do aplicativo.

nikeplus

 

  • Runkeeper: Tem a possibilidade de você colocar áudios de pessoas te motivando.

runkeaper

 

Esses 3 são os aplicativos mais utilizados e agora que você já sabe das recomendações, basta só você pegar o melhor treino com seu treinador, o tênis mais correto e o aplicativo de sua confiança e começar a treinar.

camila_paizan

Gente como a gente – André Neves

Teremos uma nova coluna aqui no Blog Correr e Vencer, “Gente como a gente” – Você tem alguma história de superação junto com a corrida? Então envie para correrevencer@gmail.com.

E para estrear este novo espaço, convidei o André Neves, ele tem 36 anos, é Administrador de empresas, especializado em RH e seu Instagram é @andre_n_andrade, lá você se inspirará com os seus posts de treinos. 

Conheçam a história dele e inspirem-se ^^

andre neves“Minha história não é tão bonita, afinal de contas, a vida é como a rosa, dotada de beleza mas também de espinhos. Sou paulistano, da Zona Leste. Tenho 36 anos, destes apenas os 8 primeiros vividos na capital.

Foi em São Paulo que minha paixão por esporte começou, já na primeira infância.

Morador do Tatuapé, frequentava o Sport Club Corinthians toda semana, para prática de judô e natação. A paixão por futebol foi crescendo e, como todo menino de 5 ou 6 anos, também o desejo de se tornar um jogador no futuro.

Porém, em 1987 esse sonho ficou distante pois me mudei para o interior com minha família.

A prática de esporte continuou, claro, na escola e aos fins de semana. Nos anos 80 e 90 ainda não existia smartphones, tablets, TV a cabo, internet, enfim toda essa tecnologia que atualmente prendem as crianças e adolescentes em casa.

Foi na escola que descobri que tinha porte e chance no atletismo, quando uma vez fiz 100 metros em menos de 11 segundos.

Eu sempre fui magro. Durante 10 anos (dos 15 aos 25) pesei 58kg. Meu problema até então não era emagrecer. Tinha o hábito de andar muito, fazer tudo a pé . Inclusive quando eu perdia o ônibus da escola, ia ou voltava os 3km de distância em relação a minha casa andando. Muitos desses quilômetros foram no calor e na terra batida (depois de alguns anos asfalto).

Acho que isso foi o início de tudo. O treinamento, mesmo que inconscientemente, ficou registrado no meu cérebro e foi assimilado pelo meu corpo. Tanto que conservo este hábito até hoje.

Quando eu vi Forrest Gump pela primeira vez (1995) fiquei pensando: Quem sairia pra correr de repente sem parar? Só um maluco! Confesso, fiquei com vontade de fazer aquela loucura. Cheguei até a fazer o mesmo corte de cabelo do personagem pra ver se surgia inspiração. Porém, o vício pelo futebol me impedia e me afastava de outras práticas esportivas.

A corrida entrou na minha vida pra valer mesmo em 2014, após alguns anos de sedentarismo. Nem tanto por desejo ou prazer, muito mais por necessidade. Tive problemas de saúde como sobrepeso, colesterol, baixa auto-estima, síndrome do pânico e depressão.

O primeiro estalo de que eu tinha que fazer alguma coisa, algo diferente, motivador, veio logo após eu sofrer um grave acidente automobilístico, ainda quando eu morava no nordeste, em outubro de 2011.

Engraçado né, só percebi que a vida tinha muito mais a me oferecer após quase perdê-la. Porém, a decisão de mudar meu estilo de vida pra valer começou em uma viagem que fiz ao Peru, em outubro de 2013. Foi lá, em Machu Picchu, com dificuldades já impostas pela altitude, que sofri para subir escadas e as montanhas. Mesmo com 1,90 de altura, era notório que meus quase 100 kg estavam mal distribuídos pelo corpo. A partir daquele dia, resolvi cortar algumas coisas como doces, frituras e refrigerantes. E aumentar o consumo de carne branca, legumes e verduras.

Após a reeducação alimentar, me senti mais disposto e desafiado pelo meu próprio corpo, mais leve, a desempenhar algo também importante: a atividade física.

Aquelas caminhadas de 3km voltaram a fazer parte da minha rotina diária em abril. Estava preparando meu corpo para o futuro.

Em setembro de 2014, cinco meses depois e 10 kg a menos, fiz minha primeira prova: Corrida Integração 6km em Campinas, prova tradicional do interior, organizada pela EPTV Globo. Fui com a cara e a coragem, sozinho, sem amigos, sem treinador, sem saber como era. A única vantagem que eu tinha era conhecer o local do percurso.

Apesar do frio na barriga, tudo saiu como eu queria e consegui cruzar a linha de chegada. Cheguei em casa empolgado e logo já fui atrás do calendário para me inscrever para os próximos eventos.

Ainda eufórico, fui sozinho correr mais uma prova no mês seguinte, mesmo local e terminando com a surpreendente 3ª colocação na faixa etária!

Com apenas 3 meses, eu já estava pulando para 10km, correndo pelas ruas de São Paulo, desta vez com mais emoção por estar na minha cidade natal. Lá senti o verdadeiro clima da corrida, inclusive desvirtualizei amigos que havia conhecido nas redes sociais.

O maior desafio de 2015 seria a primeira corrida fora do estado. Uma viagem para o Rio de Janeiro estava programada desde o início do ano. Era um prêmio que eu resolvi dar a mim mesmo pelo ótimo ano que eu tive.

No sábado pela manhã, ao ir buscar meu kit da corrida, descobri que meu pagamento não tinha sido efetuado. Ao invés de ficar triste, falei a verdade. Que estava participando de muitas provas esse mês e que provavelmente havia esquecido de pagar o boleto. Também falei que eu era de longe, de outro estado, e que tinha como comprovar que havia viajado de Campinas ao Rio.

Além disso, que havia trabalhado durante 14 anos na empresa que promove e patrocina o evento (Bradesco) e que colaborava com a divulgação desta e de outras ações. Por ter sido sincero e honesto, ganhei o direito de participar da prova.

Porém, horas depois, minha namorada e eu fomos roubados na praia e tivemos pertences como celular, dinheiro e documentos levados. Perdemos parte do passeio na delegacia…

Mesmo assim, continuei minha jornada. Visitei o Cristo Redentor, subindo degrau por degrau.

Agradeci por estar com saúde e feliz durante todo o ano. Perto do anoitecer, relaxei na piscina e na sauna.

E, no domingo pela manhã, acordei com disposição e confiança para fazer minha melhor corrida até então. (O meu Recorde nos 5km feito nessa prova ainda permanece em pé).

Viria um desafio maior… Bem que me disseram que corredor é tudo maluco. No mesmo mês, eu fiz 4 provas consecutivas. E naquela euforia, fiz minha inscrição para a Meia Maratona Internacional de São Paulo, que seria realizada em março de 2015.

Como pode? Eu nunca tinha treinado e corrido distância superior à 10km. E teria ‘apenas’ 6 meses como corredor. Como ‘agravante’, estava com viagem marcada para Nova Iorque, onde eu ficaria até o final de fevereiro.

Imagina só, um brasileiro naquele inverno que prometia ser rigoroso (e foi!) e regressando uma semana antes da prova!?

Passar uma pequena temporada fora do seu país, convivendo com outra cultura, com diferenças na gastronomia e no clima.

Isto tudo poderia interferir no resultado caso não fosse tudo muito bem planejado. A alimentação era muito diferente, até porque o inverno norte americano exige que você consuma certos alimentos para acúmulo de gordura e manutenção da temperatura do corpo. Quanto a isso não tive problema.

O problema mesmo foi treinar. Foi correr. Me recusei a ir pra treinamento indoor, pois a esteira não simula em nada os imprevistos de uma prova, como buracos, piso irregular, alternâncias de trajeto, subidas, chuva, frio, etc.

E foi graças a coragem de ir correr 10km no Central Park abaixo de -7ºC que eu consegui no dia 01/03 completar a minha primeira meia maratona em 1h56.

Foi preciso muita disciplina para manter não só o peso (na casa dos 70kg) mas também o foco.

Sinto que meu rendimento melhora a cada dia. Inclusive a corrida me ajudou a controlar questões comportamentais como impaciência e ansiedade.

Não foi fácil ficar meses sem competir, devido à viagem e depois graças à uma contusão no joelho direito. Mas a corrida nos leva à outro mundo, outra dimensão. Faz com que conheçamos nossos verdadeiros limites.

É uma grande terapia, além de uma grande ferramenta de autoconhecimento!

Seu corpo e sua mente nunca mais serão os mesmos depois da corrida! Se quiser comprovar, vem comigo!!!”

Viu como a corrida é algo maravilhoso? Que tal iniciar o quanto antes esse esporte maravilhoso ^^
Corra atrás de seus objetivos, de suas metas, de seus sonhos e faça acontecer! #correrevencer.
Patricia Gil

A escolha do tênis

escolha do tenisCorrer é uma maravilha, porém requer muitos cuidados. E o nosso amado tênis é o acessório mais importante de todos, que nos auxilia nesta paixão, e precisa de atenção redobrada. Porém, você sabe como escolher?

Hoje além de trazermos um tema importantíssimo é dia de novidades e estreia. Quem lhe dará dicas e informações valiosas, será a profissional da saúde Camila Paizan Antoniol, que entra no Correr e Vencer como colaboradora. O que não faltará aqui será informação 🙂

Então,  vamos saber como escolher o tênis e o que levar em conta na hora da escolha, para ter uma atividade muito mais prazerosa sem correr o risco de lesões.

Por que é necessário o teste de pisada?
Cada pessoa tem um tipo de pisada, a supinada que é a menos comum, a pronada e a neutra.
A neutra, é a que o pé fica inteiro no chão, a pronada é a que o dedão do pé tende a encostar primeiro no solo, é o dedão que impulsiona a pisada, e a supinada, que é a pisada pra fora, o dedinho que chega primeiro ao solo.

E uma maneira de descobrir o seu tipo de pisada, antes mesmo de fazer um exame específico e que é o mais recomendado, é ver onde você gasta mais o seu calçado, se é do lado de dentro ou do lado de fora, analisando isso, você terá um leve conhecimento de qual é o tipo de sua pisada, mas você pode procurar por um ortopedista que te pedirá um exame clínico e alguns aparelhos específicos. Ou o fisioterapeuta e o professor de educação física também podem avaliar qual é o seu tipo de pisada.

Porque é importante saber o seu tipo de pisada antes de correr?
Porque para cada tipo de pisada é preciso de um tipo específico de amortecimento. Normalmente as pessoas quando correm,  compram o tênis de pisada neutra, que é o mais utilizado, porém se ela vai começar a correr muito, digamos que ela tenha a pisada pronada e  usando um tênis neutro, ou seja, ela tá com um tênis inadequado para o tipo de pisada dela, então de médio/ longo prazo vai se acentuando essa deformidade e futuramente as dores começam a subir, começa na planta do pé, calcanhar, tornozelo, quadril, lombar, quando  já viu tá o corpo inteiro comprometido e a causa está vindo do pé.

Sabendo o tipo de pisada, quais são os pontos importantes para saber escolher na hora de comprar seu tênis de corrida?
É preciso avaliar o amortecimento do tênis, se ele é mais duro, macio, pesado, porque para quem for fazer atividade física e principalmente a corrida, é aconselhável que ele use um tênis de solado mais leve porque ele será mais confortável.
Atenção máxima a numeração do calçado. O pé é um músculo, e em uma atividade física, independente de qualquer que seja, o músculo tende a inchar, aumentar, tanto é que não é aconselhável fazer avaliação física depois de uma atividade física. O músculo, ele cresce/incha, ele aumenta o calibre venoso para que tenha uma maior corrente sanguínea e as ações fisiológicas ficam melhores, então se o pé é um músculo e ele cresce na atividade física, para ele crescer e ter um espaço suficiente e uma circulação legal dentro do calçado é aconselhável usar um ou dois números maiores, ou seja, se você usa o número 36, é aconselhável procurar por tênis da numeração 37 ou 38.
E é sempre bom por quê? Porque os primeiros sinais para você saber se você está com a numeração errada do tênis, é quando você for correr uma distância acima de 2km, e sentir um desconforto, principalmente na ponta dos dedos, com o aparecimento de bolhas e calos, isso acontece porque ele tá inchando e fica sem espaço dentro do calçado. O dedo ele vai crescendo e vai roçando no tênis, então é necessária essa folga.

E o tempo de vida do tênis, quando saber qual é a hora de trocar?
É importante se atentar ao tempo de uso/vida do tênis. É aconselhável ter um revezamento entre os tênis, para ter o descanso do tênis. Um par de tênis dura em média 400 a 900 quilometros e tem dois jeitos de ver o quanto ele tá desgastado. O tanto de quilometragem ele já tem de rodagem, e também ver se o solado na parte do calcanhar tá gasto.
Melhores marcas de tênis que estão mais adaptadas para o universo das corridas: Saucony, Asics e Mizuno.

#correrevencer

rodape_camila_paizan

Livro – The Complete Running & Marathon – Capítulo: O Corpo parte I

Pois bem, como prometido, mas com uma semana de delay.. vamos lá.

O primeiro capítulo é bem exteeeenso, portanto vou dividir ele em duas partes, e olha que essa parte que traduzi resumi bastante, viu 😉

Para correr é preciso conhecer o próprio corpo, nossas ferramentas! E nada mais justo do que saber a função de cada órgão, assim que você terminar essa leitura ficará claro do porque é extremamente necessário praticarmos a musculação, esse capítulo foi um tapa na minha cara. Chega de introdução e vamos lá ;). Corrida também é técnica e estudo ^^

O laboratório da Corrida
Seu corpo é a peça mais importante do kit de corrida que você tem, e conhecer as noções básicas de como ele funciona irá permitir que você se torne um corredor melhor, mais inteligente e mais eficiente. Este capítulo é projetado para lhe dar as ferramentas para compreender os movimentos do seu corpo e para avaliar o seu estilo de corrida, de modo que você possa começar com o pé direito.

O corpo
Correr é um exercício que trabalha o corpo todo, exige força, potência, coordenação e uma boa aptidão cardiovascular. Geralmente considera-se que usamos principalmente 5 grupos de músculos durante a corrida: músculos da panturrilha, quadril, glúteos, isquiotibiais e quadríceps. No entanto, existem mais de 640 músculos esqueléticos do corpo, e muitos deles, em especial os músculos do núcleo, contribuem para o seu desempenho. Ter um corpo forte, bem coordenado é essencial para aperfeiçoar a sua técnica.

Os músculos
Para um corredor, os músculos são seus melhores amigos, eles carregam você, dizem quando você está fazendo algo bem e quando você está exagerando,  e se você cuidar deles, eles vão tratá-lo bem, mas se você força-los demais, você vai sofrer. O principal músculo da anatomia humana é o musculo esquelético.

O coração e pulmões
Suas células precisam de um fornecimento contínuo de oxigênio que são combinadas com a glicose para produzir energia. Quando você se exercita/corre, este processo é intensificado e para lhe permitir alta intensidade no exercício, os pulmões devem fornecer oxigênio suficiente para a circulação sanguínea e o coração tem que bombeá-lo para as células do corpo. Este processo pode se tornar mais eficiente quando você fica em forma, e pode ser melhorado através de treinamento de resistência cardiovascular

O núcleo
Músculos  que trabalham juntos para fornecer controle e estabilidade para o tronco e a pélvis. A chave para o movimento eficiente é manter  a pélvis estável e a coluna vertebral bem alinhada na corrida, onde os braços e as pernas estão se movendo ciclicamente, o núcleo deve cumprir esse papel e fornecer uma âncora estável,  a parte inferior do tronco e da pelves, conhecido como lombopélvicos, é importante  como uma encruzilhada anatômica, onde as forças do corpo superior e inferior se encontram quando você corre.

Os músculos da região lombar
Os músculos da parte inferior das costas são extremamente importantes e geralmente subtreinados em corredores.  Eles são responsáveis por manter um bom alinhamento postural quando você corre e também protege sua coluna vertebral. O eretores da coluna são um grupo muscular profundo, que proporciona estabilidade e controle da coluna vertebral, enquanto o grande músculo em volta, o grande dorsal, encontra-se perto da superfície, oferecendo  uma forma de estabilidade do ombro para a região lombopélvica.

A coluna vertebral torácica
Um meio forte, a parte superior das costas são importantes para uma postura na corrida. Algumas pessoas sentam debruçadas sobre uma mesa todos os dias com uma má postura torácica – correr exige que você se estenda adequadamente através da coluna torácica (parte superior do tronco) e adequadamente gire. Devido a má postura, muitos corredores sofrem na região torácica, o que pode afetar adversamente padrões respiratórios.

O quadril
Esta importante articulação requer mobilidade e estabilidade Enquanto a própria articulação do quadril pode se mover através de uma grande amplitude de movimento e comparação com muitas articulações, o corredor também precisa ser capaz de manter seu movimento sob controle, especialmente quando o seu peso está em uma perna, a estabilidade do quadril dita tanto o joelho quanto o alinhamento lombopélvico, um controle pobre pode muitas vezes causar lesões nos joelhos e nas costas. Ter quadris fortes são a base para uma poderosa corrida eficiente.

O joelho
Um das articulações mais frequentemente feridas em corredores, o joelho faz a articulação entre o fêmur e a tíbia. Da articulação femoropatelar, entre a patela e o fêmur, também faz parte do complexo do joelho, uma articulação conjunta fundamental para os movimentos comuns, como  flexão e extensão, movimentos de rotação e pouco movimento plano frontal. É uma articulação extremamente forte: durante a corrida  o joelho tem de suportar até oito vezes o peso do seu corpo a cada passada.

O tornozelo e o pé
Estas estruturas fornecem tanto uma base estável e mobilidade dinâmica. Os 26 ossos e 33 articulações do tornozelo e do pé forma um complexo mecanismo capaz de fornecer  tanto a mobilidade para absorver cargas e a força que lhe permite empurrar, bem como ser versátil o suficiente para ser executado em praticamente qualquer tipo de terreno. Os movimentos das articulações intricadas do pé e tornozelo são ditadas por ambos os músculos do pé e da parte inferior da perna.

O tornozelo e a parte inferior da perna
Os músculos, tendões e ligamentos da perna são de importância vital para os corredores, e estão muito frequentemente feridos. Está zona inclui o tendão de Aquiles, localizado na parte de trás do tornozelo e que liga o calcâneo para os músculos gastrocnemius e soleus. O tendão de Aquiles é estruturalmente capaz de transferir grandes cargas durante a corrida.

Trabalhando juntos
Enquanto muitos dos movimentos do pé e tornozelos são ditadas pelos músculos localizados na parte inferior da perna, os músculos intrínsecos dão controle ao pé e dedos para apoiar os arcos, que formam a arquitetura dinâmica do pé.

No próximo texto finalizando este capítulo vamos entender qual é o ciclo da corrida e qual é a postura correta, vide imagem abaixo.  #correrevencer @patitagil

postura para correr

assinatura_patita

Livro – The Complete Running & Marathon Book

thecompleterunningmarathon

 

A partir de agosto vou compartilhar com vocês todos os capítulos deste livro sensacional que comprei. Minha intenção é repassar conhecimento, informação, incentivo e dicas.
A cada 15 dias terá um texto deste livro traduzido, vamos juntos avançar, aprender e reaprender 😉 #CorrereVencer 🙂

E só para vocês terem uma noção, segue a tradução da introdução do livro que já é extremamente convidativa 😉

Por que eu deveria correr? Você pode perguntar a si mesmo. Com muita frequência, os corredores começam com muito entusiasmo a correr com o máximo de esforço, empurrando-se através de barreiras de dores desnecessárias, e consequentemente, causando mais danos do que bem.

No entanto, ele não tem que ser assim, e este livro irá te mostrar o porque e como. Com a abordagem certa, correr é imbatível para ficar apto para a sua saúde geral e bem-estar e planejamento. Você pode rapidamente definir o caminho para a sua primeira corrida, ou para bater novos e melhores objetivos.

Se você é novo na corrida ou um atleta experiente, este livro vai tornar este esporte mais gratificante, desenvolvendo você em um corredor mais eficiente e inteligente. Ele vai ajudar você a se concentrar em metas inteligentes, agradáveis, e definir programas de treinos estruturados e realizáveis. Ele irá guiá-lo na construção de uma base adequada de fitness com a força de especialistas e programadores do núcleo que também irão beneficiar a sua força geral e mobilidade no dia-a-dia. Ele cobre tudo, desde as suas lesões típicas de corrida e a forma de preveni-las, o que vestir, nutrição e hidratação e dicas para treinar todos os dias. Para aqueles que realmente querem se testar, ele também fornece conselhos e estratégias para otimizar sua preparação no dia da corrida, o desempenho e a recuperação, se você está em sua primeira pequena corrida, ou enfrentando uma maratona completa.

Então, o que você está esperando?

Resumo do Capítulo 1
O laboratório da corrida
Seu corpo é a peça mais importante do kit de corrida que você tem, e conhecer as noções básicas de como ele funciona irá permitir que você se torne um corredor melhor, mais inteligente e mais eficiente. Este capítulo é projetado para lhe dar as ferramentas para compreender os movimentos do seu corpo e para avaliar o seu estilo de corrida, de modo que você possa começar com o pé direito. 

Já deu pra ver o quão show esse livro é, né?
Já estou na metade e estou ansiosa para colocar tudo em prática o quanto antes. Corrida também é técnica e estudo e nada melhor do que conhcer a nossa própria máquina 😉
Dia  3 de agosto você verá a primera parte do capítulo 1 resumido aqui 😉

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Respeito as corredoras. Chega de fiu, fiu!

Para quem me acompanha no instagram, semana passada fiz um post desabafo, pois passei por uma situação  de assédio revoltante e ameaçadora.

Para quem não viu, segue abaixo o acontecido
“Irritada!! emojiemoji Hoje resolvi voltar parte do trajeto para casa trotando e correndo para completar os 15k de treino hoje. Era 16:30, pro horário, é movimentado o trajeto. Muitos carros, ônibus, transportes escolares, bikes, crianças empinando pipa, andando de patins, porém por você ser mulher e estar com trajes esportivos (no caso vestindo calça e ainda coloquei a jaqueta morrendo de calor para não ser chamativa para estar de blusa pink), você é alvo de abordagens grosseiras, nojentas. Perdi as contas de quantos carros pararam, piscaram e disseram: psiu! Vem boneca! Cola aqui, te dou carona! Vai uma carona aí gatinha? Fiu! Fiu! E alguns, por não receberem a devolutiva retrucam: vadia! Put!! Até quando seremos alvos destes assédios nojentos? Até quando ficaremos presas? Até quando existira horário a local para vestir no caso trajes esportivos e que sabemos que estes assédios não se limitam só nisso!#movimentopelamulher #igualdadeerespeito

O que mais me deixou amedrontada é que um dos carros começou a andar devagar até parar, e eu tive que parar de caminhar também até ele se cansar e ir embora de vez (nesse momento nem estava mais correndo), essa sensação de impotência é horrorosa. Colocar um fone de ouvido com som alto estava  muito longe de resolver a situação.

O assunto ganhou uma grande repercussão, pois infelizmente sei que não sou a primeira, nem a única e nem a última que passarei por isso, e isso não se limita somente ao esporte, somos abordadas e assediadas em diversos locais e situações.

Compartilhei minha revolta e desabafo em alguns grupos de corrida, nos quais tiveram ao todo mais de 700 comentários e 2k likes, mulheres e mais mulheres desabafando e se queixando do mesmo, algumas até deixaram de treinar, outras são abordadas mesmo na companhia de seus esposos. Não dá para continuar assim!

E não dá para muito menos nos calarmos ou aceitarmos devolutivas como: “Ah, homem é assim mesmo, relaxa”, “No fundo é até um elogio vai”, “Mas você viu a roupa de fulana, mereceu! Estava pedindo”. Ninguém pede, ninguém merece! Todos nós merecemos respeito! Chegou a hora de erradicar este machismo, em alguns casos clamuflado, ou até subconsciente, isso tudo é extrema falta de educação vinda de casa desde pequeno,  mulher não é objeto, mulher não está em uma prateleira, mulher não é obrigada a escutar qualquer tipo de abordagem e ainda sorrir por isso.

Nada disso é frescura, ou mimimi! Não mesmo! Queremos o direito de termos liberdade, independência e respeito. Não é porque estamos usando trajes esportivos, ou qualquer outro tipo de roupa que seja considerado chamativo que estamos a merce de receber abordagens, cantadas, propostas, grosserias, ameaças!  Vamos lutar por nossos direitos! Vamos ser responsáveis pelas mudanças que queremos ver no mundo, cada um fazendo sua parte já é o primeiro passo.

Abaixo deixo algumas imagens para quem quiser compartilhar em suas redes sociais. Vamos fazer a diferença, espalhar mensagens, não vamos nos calar! Chega de FIU FIU! Gata, Linda, Anja, Gostosa!

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#CorrereVencer
@patitagil

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A Maratona de São Paulo é SUPERAÇÃO!

No dia 17 de maio, domingo passado, aconteceu a 21ª Maratona de São Paulo, uma das provas mais tradicionais e importantes como a São Silvestre.

Eu participei da edição do ano passado, quando corri pela 1ª vez a distância de 10k, esse ano não pude ir, mas acompanhei via Instagram todos os momentos dessa prova. De todas que eu já fiz, essa em particular me emocionou, pois fui impactada por muitas histórias motivadoras, daquelas que nos enchem de alegria, orgulho e esperança.

Durante todo o domingo acompanhei as hashtags #maratonadesp2015 e #maratonasp e me encantei com várias histórias, alguns participando de sua primeira corrida de rua, outros iniciantes em seus primeiros 3k de caminhada ou nas corridas de 8k, 24k ou a gigante distância nos 42k. Indico que vocês façam essa busca  usando estas hashtags quando puderem e aproveitem para pegar um lencinho, pois é de dar um nózinho na garganta.

Nisso tudo, pude ver a Superação com S maiúsculo de duas amigas que passaram por alguns desafios e provações no ano passado para estrearem em seus primeiros 24k de maneira admirável.  As duas tiveram algumas complicações entre lesões, mas não se permitiram desanimar e nem em desistir. Procuraram orientação e se fortaleceram.

Vamos ler o relato da Danielle Zambotto (Instagram: danizambotto) e Kaká (Instagram: kakawonder_runner), dois exemplos que nos inspiram em jamais desistirmos de nossos sonhos e objetivos. Como já é lema eu dizer, “Seja qual for a sua distância, você já é um vencedor! Correr e Vencer!”

Dani ZambottoDani Zambotto – Confesso que fazer as 15 milhas  para mim foi mais assustador  que fazer minha 1ª Meia Maratona em março, muito pela insegurança causada devido a falta de treino adequado, mas fui lá!
Eita ansiedade…na largada o coração acelerou, baita felicidade de estar ali e ao lado de tantos amigos!
Fui muito bem até os 10k, pace de 6,38…uhuuuuu,  mas aí comecei a sentir o tornozelo e resolvi tirar o pé.  Fui embalada até o km 17 e diminui um pouco mais o ritmo até o km 21, e assim fechei a Meia com 2h37′. A partir daí, resolvi apertar um pouco mais o passo, e a cabeça rodando…um misto de felicidade afinal os quase 25k estavam se aproximando e de bronca de mim mesma por não ter  feito melhor, mas fui…faltando pouquinho mais de 2k encontrei minha amiga querida Filomena Prada e fomos uma puxando a outra até que avistamos o pórtico de finisher e advinhem só. ..o que todo corredor faz nesse momento?  Tira lá do coração força e dá um sprint até cruzar a linha de chegada!!!! Quanta emoção,  eu fiz as 15 milhas!  Eu sou Meia Maratonista!
Se quero fazer essa prova novamente?  Certamente! Amei o percurso,  a distância, e a emoção de estar ali!!!! I 💜 15 milhas! 

KakáKaká Wonder – Como dizer algo que faz parte da sua vida de uma forma inexplicável.
Quando me inscrevi para as 15 Milhas, foi para testar meus joelhos, pois o médico me proibiu de correr os 42K rsrsrsr, assim sendo, resolvi obedecer!!
Desde Janeiro iniciei um processo de fortalecimento que estou tendo ótimos resultados.
O que tenho a dizer ….. Foram 24,600 Km de muita felicidade, alegria e endorfina, e o melhor , foi finalizar a prova em um bom tempo e sem dor nenhuma e ultra bem. Gratidão a Deus , por mais um desafio superado.
E por ter a certeza de que quero muito correr os 42k!!!!!!
Loucura, desafio, determinação, superação… seja qual nome for o nome, sei que desejo cada dia mais por isso.

Amo esse mundo, amo me desafiar, amo essa alegria que enche meu coração e o faz transbordar de alegria !!!!!!
2016 não será 15 Milhas, mas 42k com muita emoção e haja coração!!!!!!

Digam se não é para nos inspirarmos?? Aproveitem para seguir essas gurias no instagram, garanto que motivação não irá faltar em seus dias!

E chega de desculpas ou inseguranças! Bora sair deste sofá e desafie-se 🙂

Correr e Vencer!
@patitagil

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Alimentação e atividade física

Amanda MeffeiEu já tinha muitas dúvidas do que é indicado comer antes e depois de treinos e corridas, ainda mais no meu caso que sofro de hipoglicemia desde os 2 anos de idade. A única certeza que tenho é que não posso passar de 4 horas de jejum ou praticar qualquer esporte ou atividade física sem me alimentar.

Para abordar este tema, contaremos com a participação especial da simpática nutricionista Amanda Maffei, que gentilmente aceitou o meu convite e me respondeu algumas questões bem básicas e essenciais, até porque sabemos que para uma orientação mais profunda é necessário sempre consultar-se no clínico, nutricionista, dentre outras especialidades. Vejam o bate-papo e aproveitem 🙂

Correr e Vencer: Quais alimentos são os mais indicados para ingerir antes de atividades físicas no geral?

Amanda Maffei: Antes das atividades físicas precisamos ter energia e para isso precisamos consumir alimentos que façam isso, o qual entra o famoso carboidrato!! O carboidrato consumido pré-treino deve ser de baixo índice glicêmico, carboidratos complexos,  como por exemplo, arroz, massas, pães integrais, batata doce, ou seja, são alimentos que não geram picos de glicose no sangue, liberando açúcar no sangue de forma gradual para garantir energia durante todo o treino.

Correr e Vencer: Quais alimentos são necessários ingerir após a corrida/atividade física?

Amanda Maffei: Após o exercício físico é importante ter o consumo de carboidrato e proteína. A proteína serve para recuperar os tecidos musculares que durante a atividade física, o corpo sofre pequenas lesões musculares. Os carboidratos servem para recuperar o glicogênio muscular e é importante que seja de alto índice glicêmico por sua absorção ser mais rápida e para reposição de energia. É importante também evitar os alimentos gordurosos, pois não ajudará na recuperação de energia e nem na recuperação de tecidos. Pelo contrário, irão retardar a queima calórica.

Correr e Vencer: Treinar ou fazer provas de circuito de rua em jejum é prejudicial à saúde?

Amanda Maffei: Em jejum, o nível de glicose no sangue está muito baixo, o que pode levar a hipoglicemia e isso dificulta na contração muscular. O jejum também pode gerar cetoacidose (aumento do pH sanguíneo, halitose e elevação da amônia que é neurotóxica) que tem como sintomas a perda da consciência e desmaio. Outro fator que acontece com exercícios em jejum, é a utilização da proteína como fonte de energia, então há perda de massa muscular. Se for para perda de peso, vale ressaltar que o balanço energético do dia tem que ser negativo para que isso ocorra.

Correr e Vencer: Existe alguma lista de alimentos que devemos evitar antes do treino/prova de circuito de rua? E falo por mim, no café da manhã até pra correr eu tomo leite, é o que me dá mais energia e me ajuda com o meu problema de hipoglicemia.

Amanda Maffei: Deve-se evitar alimentos gordurosos por não ter a função de gerar energia e são mais difíceis de serem digeridas. Deve-se evitar também pré prova ter alimentos fora da rotina para que não ocorra nenhum distúrbio gastrintestinal. Consumo de muitas fibras pré treino também não é indicada.

O leite, para algumas pessoas, tem digestão mais lenta, mas se você se sente bem, sem desconforto, enjoos não tem problema em consumir. É importante que seja desnatado, pois o integral tem a gordura que dificulta a digestão.

ALGUNS ALIMENTOS IMPORTANTES NO EXERCÍCIO FÍSICO

– Batata doce
– Aveia
– Banana
– Castanha do Pará
– Cereais integrais
– Cacau/chocolate meio amargo
– Peixes ricos em Omega 3
– Ovos
– Amêndoas e nozes

Amanda Joanni Maffei, 23 anos, CRN3: 39089

Nutricionista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e especializada em nutrição aplicada ao exercício físico na Universidade de São Paulo (USP)

Consultório: ATB Nutrição & Saúde, na Penha, Zona Leste – localizado na Rua Jorge Augusto, 83 Telefone provisório: 11 94294-5214

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