Vou compartilhar com vocês, que estão se preparando para correr os 21k, a sensação fascinante de chegar o grande dia. No último dia 06 de setembro, participei da Meia Maratona de Buenos Aires. Foi minha terceira corrida no exterior, mas sempre parece ser a primeira vez. Foram os treinos de corrida, os exercícios educativos, a musculação específica e os dias de descanso. Sim, descanso é muito importante.
Cheguei a Buenos Aires 2 dias antes da corrida, acreditem cheguei e já fui buscar meu kit. Quando você coloca o pé na Expo, a ficha começa a cair. Um local enorme onde os expositores estavam organizadamente distribuídos. A retirada dos números estava ao fundo e ao lado a retirada das camisetas. Eu fiquei umas duas horas passeando pelos stands, olhava tudo, perguntava, participava das pesquisas enfim, adoro tudo isso.
No sábado, já estava tudo pronto, o número colado na camiseta, a meia, o tênis, acessórios e mais uma coisa que pra mim é importante levar nas viagens ao exterior: a bandeira brasileira. Domingo, dia 06 de setembro, acordo bem cedo. A ansiedade me faz ficar acordada, o coração batendo forte, queria chegar na arena da prova em segundos. Mas vamos lá. Calma, calma que tudo dá certo. Bem, café da manhã, suplementos pré prova e lá fui eu. Ainda escuro e com frio, 14 graus marcava a temperatura. Nas ruas só se viam os boêmios em pequeno número mas, muitos corredores, rumando para a mesma direção: Alcorta Y Monroe.
A arena estava lotada. Música, tendas, stands, corredores de vários países, na sua maioria América Latina. Já na largada, aguardando o início da prova em 3..2..1.., começamos. Nesse momento a única coisa que eu sinto é o vento frio no rosto. A ansiedade ficou para trás. O percurso é dentro da cidade. É isso que me chama a atenção em corridas no exterior, correr entre prédios, casas, lojas, dá uma sensação diferente, as pessoas nas calçadas, você não se sente nunca sozinho. Hidratação a cada 5 km, isotônico a cada 10km.
Buenos Aires é realmente muito linda. Uma cidade romântica, tranquila, cidade música. Ah sim os portenhos adoram música, cantam até no metrô. Mas isso depois eu falo. Buenos Aires é para curtir, viver tudo aquilo e deixar que seus pés passem pelos 21 k. Sem falarmos de política, esquece esse quesito, Buenos Aires é uma cidade muito rica, em beleza, em cultura, momentos que só quem passou ali irá lembrar.
Chegando os 15 k , eu já tirei minha bandeira para ela chegar junto comigo. Chegando os 18k , olhei o relógio e estava chegando as 2 horas de prova. Aí você pensa que pode acelerar e quem sabe, tentar uma loucura, terminar a prova em 2 horas. Cruzei a linha de chegada em 2 horas e 12 min. Foi a primeira vez que fiz um tempo bom numa Meia. Eu deixei o nervoso na linha de chegada e segui o percurso tranquila. Pensei em tantas coisas minhas, pensava na cidade que eu estava. Acho que isso ajudou a esquecer aquela neura de pace, de tempo, tudo aquilo que fazem grandes atletas quebrarem.
Só posso dizer que valeu muito a pena, amei demais. Sempre tem algo especial.
Voltei para o hotel de metrô. Eu estava tão leve, tão comigo mesma. Na plataforma tinha um cantor com seu violão, dentro do vagão tinha um violinista. Coisas tão simples, tão “ tranquilizantes” naquele momento que eu estava simplesmente muito feliz.
Muito Bem Paty – Parabéns pela determinação e superação, você demonstrou equilíbrio maturidade e experiencia, continue sempre se superando e vencendo.
Beijos
Fábio
Paty, o que falar da sua evolução, acompanhei de perto isso, afinal sou a treinadora…kkkkk
Merito seu, afinal quantas coisas abriu mão para que houvesse a mudança de habito e você conseguisse chegar onde chegou!
Parabéns pelas mudanças e que você inspire cada vez mais pessoas a mudar seus habitos e sejam pessoas FELIZES e SAUDAVEIS com suas escolhas.
Muito legal, me fala uma coisa, a numeração da camiseta se escolhe na inscrição ou na retirada do kit?